segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Pares de meias..

No que toca a relações sejam elas de que tipo forem, nos dias que correm cada vez são mais complicadas. Quando finalmente desistimos de desistir de alguém, se é que me faço entender, ou não, passo a explicar: quando finalmente decidimos esquecer todos os defeitos imundos que um ser humano tem e fazer um esforço enorme quase a nível 100% com esse mesmo ser para riscar toda a shit que ele fez nos últimos meses, anos e afins, cedemos, pensamos "se calhar estou a ser má e devia ser mais defensora dos animais mas com as pessoas (segundo os meus amigos é isto que eu faço e está errado)", esse ser sim muito bem sim senhor, consegue ter uma postura normal nos primeiros trinta mil milésimos de segundos, mas depois transforma-se num E.T, que a única coisa que consegue é grunhir coisas que tu simplesmente não suportas ouvir e repugnas, sem conseguir ter uma única atitude normal e ficas tipo "quê!?", sendo que a única vontade que tens naquele momento é voltar atrás e mandá-lo coçar-se pra outro lugar. Essa pessoa desaparece do teu mapa mental mas não emocional porque estupidamente voltaste a preocupar-te se ela tinha comida e roupa lavada digamos, e no final apercebes-te que o teu tempo foi inutilmente desperdiçado quando podias estar num bar a beber um copo e não a viver um drama que não foste tu que o iniciaste.

Após esta pequena revolta dou-me conta de algo importante: já tive relações mais longas com um par de meias.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

moonlight

Todo e todo o tempo tu estás na minha mente, balançando de um lado para outro, como uma folha levada pelo vento, mexendo comigo entre pensamentos e eu não sei porquê, mas o sentimento não me parece assim tão mau. Tu podes não ver o ser que és para mim, embora a minha transparência o demonstre claramente que não eras para ser, esse riso, esse olhar, essas palavras que teimam em não sair, silêncio. E agora eu tento segurar-te, só mais um pouco, até ao nascer do sol, como se fosses o meu luar, a minha estrela brilhante, que vê e sabe, até onde consegues levar-me. Sempre que olho nos teus olhos, não olhando, vagueando entre linhas, eles gritam comigo, como se fosses a melhor coisa que me aconteceu. Agora é segurar-te mais um bocadinho, até ao nascer do sol, dormir até ao fim do dia, afastar o vazio, que isto se tornou.

Vazio.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Excertos!

E ela, naquele dia em que me apetecia tudo menos conversar, disse-me:
- Sabes que és diferente para ele não sabes?
Eu sorri, na minha inocência, não dando muita importância a essas palavras e respondi...
- Não mais importante que outra qualquer, ele já tem com que ocupar a cabeça
Ela insistiu:
- Acredita, os olhos falam o que as palavras não conseguem dizer, porque não lhe dás uma oportunidade?
E aí com um olhar pensativo, engoli em seco e respondi:
- Porque ele merece melhor, alguém que o faça sorrir sempre, alguém que nunca o vá magoar.
Ela mirou-me e abanou a cabeça como quem pensa "parva", o dia seguiu, a noite caiu, e os pensamentos voaram assim como a minha imaginação..

Já posso fazer colecção de pessoas que perdi, já posso escrever romances.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Daniel

Hoje dei por mim em pensamentos paralelos, lembrei-me de ti. Vi fotos, recordei momentos, ri e no final verti uma lágrima de saudade. É quando menos espero que o meu pensamento fica vazio e me recordo de ti, já não dói, já me faz sorrir pensando que estarás melhor agora, mas não deixa de ser triste. Com o tempo os porquês deixaram de existir e fui aceitando melhor a tua decisão, respeitando-a. A primeira vez que te vi lembro-me perfeitamente de sorrir, achei-te logo engraçado com o teu jeito trapalhão, podia dizer que eras giro, mas não, tu és giro, vais ser sempre. Por incrível que pareça a reacção que tive quando te foste embora foi exactamente a mesma, ri-me, só para mais tarde me aperceber do quanto os nervos não me deixavam ter outro reacção. A tua pele branca e os teus olhos claros que foram desaparecendo com o tempo, é algo de que sinto realmente falta, olhos profundo mar azul, tranquilidade e calma, sorriso sereno. Não posso apostar, mas acho que vou sonhar com isso, eu sou assim, quero recordar-te sempre. Às vezes pergunto-me se tu sentes as coisas que nós sentimos aqui, se nos consegues ver e saber o que pensamos ou se nos observas quando estamos assim mas não te conseguimos alcançar, se és aquele arrepio na espinha, se és aquele frio na barriga.. Quando nos voltarmos a encontrar sabes que vai ser épico certo? A primeira coisa que vamos fazer é ir jogar 31 como fazíamos na escola, depois vamos a todos aqueles concertos de bandas diferentes que tu gostas, vamos juntos, para te compensar dos convites que me fizeste e eu recusei, das conversas que iríamos ter e não tivemos, vamos viver tudo a 100 e assim tudo voltará a ser como era, meu sorriso sereno, meu olhar azul, meu grande coração.

sábado, 21 de junho de 2014

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Não esperar até que seja tarde demais..

Ultimamente apenas têm sido escolhas erradas. Aparentemente o Universo resolveu virar-se contra mim e todos os fios cortados fazem explodir o conteúdo bombástico. Incompreensão seria pouco para traduzir o sentimento que detenho do que me rodeia, a dúvida constante e uma grande vontade de virar costas e deixar de zelar pelo melhor do próximo. Sempre ouvi dizer que quando as questões são muitas, que as dúvidas e indecisões nos consomem, pois bem, creio que estou a atingir todo o meu limite de infelicidade constante. Os pensamentos, palavras que se tornaram eco na minha mente, pior, no meu coração, levaram-me cada vez mais ao vazio que sinto nos dias que correm.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Poker online

Acho que posso começar  a comparar os nossos dias a um jogo de poker, porque eles são feitos de apostas, de perdedores e  vencedores. Apenas o gerimos com aquilo a que podemos chamar "fichas" e se tivermos sorte e dois dedos de testa para pensar, conseguimos sacar boas cartas, bons pares, bons trios e esperarmos toda a nossa vida por uma sequência real. Como tudo na vida existem sempre dois lados e existem dois tipos de pessoas em determinadas situações (existem bastantes mais, mas estes serão a meu ver os mais básicos e óbvios): os que têm mau perder, a quem nunca saiem boas cartas, a quem tudo corre mal e a "culpa" nunca é sua mas sempre do que rodeia, basta estar a chover e já será um mau dia, e depois temos os que sabem perder, porque a realidade é que toda a gente perde e não vão dizer nem que seja uma vez na vida porque de longe será assim. O ser humano perde, uma, duas, dez, quarenta, cem, biliões de vezes na sua vida..perde as chaves, perde a carteira, perde a paciência, perde a cabeça.. A diferença principal entre estas duas espécies raras de indivíduos, é o que sabe perder ao contrário do "mau perder" do outro, segue, levanta e voltar a cair e no fim, consegue rir-se disso, rir-se de si próprio e tentar ser feliz outra vez, nem que seja depois de chorar o Rio Tejo inteiro.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Família = amigos que escolhemos

É com pesar que nem sempre me sinto bem no que se chama a minha árvore geneológica, digamos que às vezes penso "eu não mereci tanto azar", ou simplesmente que sou eu a ovelha negra, sozinha e incompreendida. Nos dias que correm fala-se muito nos amigos, os amigos são tudo, sendo mesmo a família que escolhemos, o que me leva a perguntar até que ponto escolhi bem. Os anos passam e cada vez nos sentimos mais solitários, os amigos vão desaparecendo, uns vão embora, outros perdemos o contacto e outros cortamos completamente porque realmente a vida ensina-nos e começa a fazer-nos entender que metade deles não valem mesmo a pena, é melhor "cortar". Então no final de contas dou por mim a pensar que não tenho família. Tenho uma irmã que não é de sangue mas fica ali, uma tia que me faz rir e uns primos afastados que de vez em quando dão à costa e vêm jantar cá a casa. Acho que a moral da história é mesmo "nascemos e morremos sozinhos", já esteve mais longe da verdade.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Não servem pra nada...

Os sentimentos não servem para nada, são pura perca de tempo na nossa vida. Não servem como moeda de troca, não servem como dinheiro, como comida, como saúde, como nada. Afinal, para que existem mesmo, a única coisa que fazê-los é ignorá-los ou complicá-los e passamos maior parte do tempo a tentar destruí-los ou simplesmente apagá-los, não valia mais ter um botão on e off e pronto, o assunto estava resolvido? Quem os inventou realmente não devia ter mais nada que fazer, a vida dele devia ser um churrasco autêntico, é que só pode. "Ah e tal, estou aborrecido, vou inventar sentimentos!" Por favooooorrrr...... totalmente desnecessário.