segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Lenda


Lembras-te do que sentias quando os nossos olhares se cruzavam? Os arrepios e o nervoso miudinho. Apreciavamos essa felicidade e quando chegou o seu fim fiquei confusa de certo modo. Olhares e sorrisos trocados, foi aí que entedemos que não havia volta a dar. Palavras, o "amo-te" vindo de ti e que eu correspondi, e agora ainda te amo apesar de tudo. Estás na minha mente e no meu coração, só queria saber se vais despedaçá-lo, parti-lo em mil pedaços para outrora o colares. Eu lutei contra tudo, contra isto, tentei e esforcei-me tanto, e todos os dias eu pensava, eu desejava que fossemos um do outro, mas tu.. e eu.. . E agora já é passado e ainda assim sinto a tristeza a invadir-me por dentro, vontade de fugir, desaparecer e nunca mais voltar. Não olho para ti, não consigo, e tu nem sequer sabes porquê, porque o meu esforço de atenção não valeu. Estás na minha mente, estás no meu coração, gostava de voltar ao início, mas ..


Qualquer coisa a ver com amores desta vida e da outra!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

vidas de metropolitano


É quando caminhas pela rua que vês coisas que nunca viste, coisas que não acontecem contigo nem aos teus próximos, coisas fora do teu mundo cor-de-rosa. Observas tantos seres diferentes à medida em que vais caminho.. um casal de namorados super feliz que acabou de se reconciliar, uma idosa perdida não habituada a estas modernices como diz ela, adolescentes rebeldes a passarem por ti, um homem preocupado a fazer contas para o final do mês, alguns engravatadinhos.. e no meio de tanta coisa pensas, onde é que me encaixo? em lado nenhum, porque tu és tu e por mais que tentemos assemelhar-nos à vida de alguém, teremos sempre as nossas alegrias, as nossas tristezas, os nosso problemas, os nossos sonhos, os nossos tudinhos e mais alguma coisa. É nesta altura que reparas que ao teu lado passa um cego, que curiosamente vê mais que todos nós e cita: "só no vosso país se vê tamanha inveja e cinismo". e sabem? cego é aquele que não quer ver, ele tem mais que razão.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

hm + coise + se = saudade

A saudade não é um objecto, não é algo tocável que se possa dizer a sua forma, cor, sabor ou cheiro, não é algo que se possa ver. Apenas podemos senti-la e falar dela como cada um entender, à sua maneira. Para falar em saudade é preciso acreditar que esta realmente existe entre nós, é preciso senti-la e aceitá-la. Ela é algo a que chama-mos ausência ou vazio, o estar longe e o querer mais perto. A saudade dói, e esta nunca vem sozinha trazendo sempre algo consigo que nos faz pensar e sentir ainda mais a própria saudade! Espertinha não? Por vezes, quando já não há mais ponta de saudade por onde se pegue, esta traz consigo a sua melhor amiga, a solidão. Quem não sabia o que era saudade, quando a sente percebe imediatamente. Quem não a sentiu vai senti-la um dia, e quem já sentiu jamais a esquecerá.