segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Poker online

Acho que posso começar  a comparar os nossos dias a um jogo de poker, porque eles são feitos de apostas, de perdedores e  vencedores. Apenas o gerimos com aquilo a que podemos chamar "fichas" e se tivermos sorte e dois dedos de testa para pensar, conseguimos sacar boas cartas, bons pares, bons trios e esperarmos toda a nossa vida por uma sequência real. Como tudo na vida existem sempre dois lados e existem dois tipos de pessoas em determinadas situações (existem bastantes mais, mas estes serão a meu ver os mais básicos e óbvios): os que têm mau perder, a quem nunca saiem boas cartas, a quem tudo corre mal e a "culpa" nunca é sua mas sempre do que rodeia, basta estar a chover e já será um mau dia, e depois temos os que sabem perder, porque a realidade é que toda a gente perde e não vão dizer nem que seja uma vez na vida porque de longe será assim. O ser humano perde, uma, duas, dez, quarenta, cem, biliões de vezes na sua vida..perde as chaves, perde a carteira, perde a paciência, perde a cabeça.. A diferença principal entre estas duas espécies raras de indivíduos, é o que sabe perder ao contrário do "mau perder" do outro, segue, levanta e voltar a cair e no fim, consegue rir-se disso, rir-se de si próprio e tentar ser feliz outra vez, nem que seja depois de chorar o Rio Tejo inteiro.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Família = amigos que escolhemos

É com pesar que nem sempre me sinto bem no que se chama a minha árvore geneológica, digamos que às vezes penso "eu não mereci tanto azar", ou simplesmente que sou eu a ovelha negra, sozinha e incompreendida. Nos dias que correm fala-se muito nos amigos, os amigos são tudo, sendo mesmo a família que escolhemos, o que me leva a perguntar até que ponto escolhi bem. Os anos passam e cada vez nos sentimos mais solitários, os amigos vão desaparecendo, uns vão embora, outros perdemos o contacto e outros cortamos completamente porque realmente a vida ensina-nos e começa a fazer-nos entender que metade deles não valem mesmo a pena, é melhor "cortar". Então no final de contas dou por mim a pensar que não tenho família. Tenho uma irmã que não é de sangue mas fica ali, uma tia que me faz rir e uns primos afastados que de vez em quando dão à costa e vêm jantar cá a casa. Acho que a moral da história é mesmo "nascemos e morremos sozinhos", já esteve mais longe da verdade.