terça-feira, 2 de agosto de 2016

Etiquetas


Começo a perguntar-me quantas etiquetas serão possíveis colocar em alguém. Se tivéssemos um número de etiquetas que pudéssemos gastar ao longo da nossa vida, será que aos 26 anos já não temos nada? O pior cenário seria se as gastássemos todas nas pessoas erradas e depois só sobrassem pedaços de etiquetas rasgadas ou algo assim. Pergunto-me quantas dessas já gastaram em mim. Por agora contento-me só com elogios de pouca duração e frases soltas que desaparecem num espaço de horas, como se fosse fácil dizer tudo o que se apetece, e não se sentir nada do que se disse uns segundos antes.

Desacreditação ou inexistência, não sei. Já não sei que etiquetas utilizar, as boas arrependo-me, as más arrependo-me mais.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Almas


Existem almas que nos consomem. Digo isto de uma forma pouco positiva porque quando isso acontece saímos um pouco de nós próprios. Passamos a ficar mais pesados, a nossa cabeça dói e grita-nos pensamentos confusos e com nível de stress 864441512. Falo de dor, mas não é aquela típica de quando se sai do ginásio, essa eu também conheço, e acreditem que eu até conheço bastantes tipos de dor (só alguns pouco sabem). Dizendo isto não afirmo já ter sido tudo, conhecer tudo como se tivesse mil vidas passadas, não. Nunca estive na pele de uma prostituta que tem de se dar para sobreviver ou de um sem-abrigo que já se habituou a nunca ter nada de ninguém e aos olhares julgadores, falo isto com toda a experiência que felizmente ou infelizmente esta vidinha pacata me deu. Mas existem mesmo almas que nos consomem, conheci poucas até agora. Não sei o que fazer com elas, não sei o que fazer esses pedacinhos que pairam ao me redor e me vão fechando cada vez mais os olhos. Sabem as pragas? Não tem nada a ver, porque dessas nos conseguimos arranjar um saída quer boa ou quer má. Isto é como uma bússola, ela sabe onde é o norte..perfeitamente..ela só não sabe se quer de encontro a ele, ou reconfortar-se no sul.

É que digo-vos, existem almas que nos consomem, e algumas agarram-se a nós e ficam para sempre.